segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Foco no Resultado: Porque X Como

A expressão virou um mantra. Sim, se fizermos uma varredura em curriculuns, de cada dez, nove trazem a mesma. Vá lá que em um cenário organizacional cada vez mais competitivo ter como característica a competência em cumprir metas e objetivos é condição sine qua non.
Se a premissa é verdadeira, logo não deveria ser diferencial. Portanto, a pergunta sobre o porque um profissional deve ter foco no resultado, enseja ela própria a obviedade da resposta.
Deixemos o “porque” de lado, e pensemos no “como”. Isso sim é mais desafiador. Vivemos em um tempo onde o pragmatismo parece subjugar princípios e valores em detrimento dos resultados esperados. Avalia-se o meio partindo do fim, uma postura maquiavélica na essência e que, minimamente, cria um arcabouço teórico que subsidia contemporizações com atitudes nem sempre dignas de relato ou, pelo menos, para alguns.
Visto de maneira isolada o resultado diz pouco sobre a conduta, o trabalho desenvolvido, as vivências. Nessa medida, importante é a construção.
E sabe por quê? Porque quando o “como” é transparente é fácil explicar o “porquê”.

domingo, 3 de agosto de 2014

Perder tempo...

Quantas vezes você já ouviu, em seu ambiente de trabalho, alguém dizendo “isso é perda de tempo”? Se quiser, e tiver um tempinho para refletir um pouco mais, quantas vezes você mesmo já se encontrou nesse dilema?
Pois então, parece que vivemos essa síndrome, agravada pela quebra do tempo linear imposta pela comunicação instantânea dos tempos atuais.
Não discuto que muita coisa assim o é, pura perda de tempo…mas, nem por isso, sentido algum faz misturar tudo em um único balaio.
Há que se que gastar tempo!
Ainda que os verbos "gastar" e "perder" possam ter paralelismo em alguma medida, no nosso caso são antagônicos na essência.
O primeiro se refere a consumir, despender…o segundo, deixar de ter. Em termos de ação, gastar é propositivo, tem objetivo, foco, gera envolvimento. Perder, ainda que possa ser resultado de escolhas, denota a privação de algo. Um soma, outro subtrai.
Portanto, há que se gastar tempo sim.
Dessa maneira, coloca-se em perspectiva decisões mais assertivas, a ponderação, a harmonia, gera-se abertura para inovações, possibilita a humanização do ambiente, a troca de conhecimentos, a co-criação.
Perder tempo é não não perceber que gastar tempo é função de todos - gestores, líderes de equipe, colaboradores - que apostam em relacionamentos colaborativos, onde todos ganham e ninguém perde!

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Quer pagar quanto?

Leio que o jornal O Estado de S.Paulo vai passar a cobrar pelo conteúdo oferecido nas plataformas digitais, seguindo a tendência de um modelo de negócio já adotado por outros grandes jornais nacionais e internacionais.
Se certo é que ninguém sabe se tal formato vai de fato vingar nos próximos anos ou não, parado é que os veículos nao podem ficar, sob o risco de inviabilizarem o próprio negócio.
Esse centenário senhor precisa sim se reinventar, e com urgência.
Aliás, todos nós, mesmo aqueles que ainda estão engatinhando na profissão.
Participei recentemente de um seminário em uma universidade e ouvi uma professora de jornalismo ensinando a platéia a burlar o conteúdo fechado, ou melhor, aberto apenas para assinantes.
Me pergunto: se nem nós valorizamos o conteúdo que produzimos, quem haverá de fazê-lo?
Ainda que não defenda o modelo adotado, não me permito sabotá-lo, assim como não corroboro com a pirataria.
Mal não faria, pelo contrário, participar mais ativamente dessas discussões e entender que a função social de uma empresa de comunicação é prover conteúdo crível, verossímel, e nao fazer caridade.
Me diga você: quem paga a conta?

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Redes sociais e o jornalismo

Título atual. Debate oportuno. No mais, mais do mesmo.
A oficina com o tema acima, promovida pela PUC-SP, na sexta-feira, apenas tangenciou questões absolutamente importantes para nossa profissão.
Se teve o mérito de propor a discussão, o demérito foi tratar o assunto de maneira quase voluntarista, sem levar em consideração que a produção e transmissao de informação é um negócio. Ou alguém conhece um jornalista que viva de redes sociais?
Que essas alteraram e vão alterar ainda mais a relação entre emissor e receptor, e que isso impõe uma nova postura do jornalista é manchete velha...aprender a usar as novas plataformas também não me parece das tarefas mais árduas, pelo menos para as novas gerações.
Vai aí uma provocação. Que tal refletirmos a questão partindo das premissas do lead?
Quem? Todos nós, mas principalmente os jornalistas que atuam em veículos.
Quando? Todo dia, a cada matéria produzida.
Como? Trabalhando conceitos de convergência e transmídia.
Onde? Nas redações, nas salas de aula.
Por quê?  Porque nosso "cliente" está mudando os hábitos. E atendê-lo da melhor maneira em termos de informação é e sempre será nossa razão de existir, nosso fim. As plataformas são tão somente meios, e como tal podem ajudar aqueles jornalistas que ainda querem contar histórias...Esses saberão encontrar leitores, ouvintes e telespectadores dispostos a conceder-lhes um pouco de atenção!