terça-feira, 12 de novembro de 2013

Quer pagar quanto?

Leio que o jornal O Estado de S.Paulo vai passar a cobrar pelo conteúdo oferecido nas plataformas digitais, seguindo a tendência de um modelo de negócio já adotado por outros grandes jornais nacionais e internacionais.
Se certo é que ninguém sabe se tal formato vai de fato vingar nos próximos anos ou não, parado é que os veículos nao podem ficar, sob o risco de inviabilizarem o próprio negócio.
Esse centenário senhor precisa sim se reinventar, e com urgência.
Aliás, todos nós, mesmo aqueles que ainda estão engatinhando na profissão.
Participei recentemente de um seminário em uma universidade e ouvi uma professora de jornalismo ensinando a platéia a burlar o conteúdo fechado, ou melhor, aberto apenas para assinantes.
Me pergunto: se nem nós valorizamos o conteúdo que produzimos, quem haverá de fazê-lo?
Ainda que não defenda o modelo adotado, não me permito sabotá-lo, assim como não corroboro com a pirataria.
Mal não faria, pelo contrário, participar mais ativamente dessas discussões e entender que a função social de uma empresa de comunicação é prover conteúdo crível, verossímel, e nao fazer caridade.
Me diga você: quem paga a conta?

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Redes sociais e o jornalismo

Título atual. Debate oportuno. No mais, mais do mesmo.
A oficina com o tema acima, promovida pela PUC-SP, na sexta-feira, apenas tangenciou questões absolutamente importantes para nossa profissão.
Se teve o mérito de propor a discussão, o demérito foi tratar o assunto de maneira quase voluntarista, sem levar em consideração que a produção e transmissao de informação é um negócio. Ou alguém conhece um jornalista que viva de redes sociais?
Que essas alteraram e vão alterar ainda mais a relação entre emissor e receptor, e que isso impõe uma nova postura do jornalista é manchete velha...aprender a usar as novas plataformas também não me parece das tarefas mais árduas, pelo menos para as novas gerações.
Vai aí uma provocação. Que tal refletirmos a questão partindo das premissas do lead?
Quem? Todos nós, mas principalmente os jornalistas que atuam em veículos.
Quando? Todo dia, a cada matéria produzida.
Como? Trabalhando conceitos de convergência e transmídia.
Onde? Nas redações, nas salas de aula.
Por quê?  Porque nosso "cliente" está mudando os hábitos. E atendê-lo da melhor maneira em termos de informação é e sempre será nossa razão de existir, nosso fim. As plataformas são tão somente meios, e como tal podem ajudar aqueles jornalistas que ainda querem contar histórias...Esses saberão encontrar leitores, ouvintes e telespectadores dispostos a conceder-lhes um pouco de atenção!